O medo é um sentimento limitador que restringe as ações.
Ele paralisa e impede que se vai além, e muitas vezes de forma incoerente, age bloqueando o desenvolvimento do ser humano.
Não é fácil explicar e compreender e é singular demais para teorizar e justificar.
Ele pega a todos em graus distintos e de maneiras também distintas.
Medo de animais, de altura, escuro, de lugares fechados e abertos, tem de todo tipo.
Nos últimos tempos tem aparecido os modernos, medo de violência de trânsito, de gente, de relacionamento.. .
Conviver com o medo, e dependendo dele, prejudica e muito a vida das pessoas.
Aqueles que tem medo de doença (Hipocôndriacos) sofrem muito em busca de cura para suas dores.
A via sacra de médico em médico, além do desgaste emocional, ocasiona prejuízo financeiro e com o tempo a pessoa fica desacreditada pelos médicos, e pelos seus familiares.
Os claustrofóbicos, medo de lugares fechados, deixam de ter o lazer em um cinema, shopping, para evitar o confronto real, que para eles é real, e dispensam além de passeios, também empregos, para fugir da angústia que essas situações proporcionam.
O medo é tão intrigante, que existe o medo de ter medo.
A imaginação é bastante perspicaz e ela tem a capacidade de criar e aumentar alguma situação vivenciada.
Então, com medo de passar novamente pelo mesmo acontecimento, ele passa fugir daquilo que o fez sofrer.
Em algumas pessoas existem fobias que são similares, mas é difícil determinar a intensidade com que cada um é afetado.
Tem indivíduos que são mais propensos a sofrer desse mal, sendo comum, que colecione diferentes tipos.
Catalogá-los é tarefa penosa devido a diversidade com que aparece na vida das pessoas.
Os consultórios de psicólogos e psiquiatras estão repletos de gente buscando conviver melhor com suas limitações, tentando encontrar a causa e a razão de um medo com características nem sempre racionais.
Ele pode se manifestar em qualquer época da vida, mas é bem comum que acompanhe desde a infância.
Pode ser que passou por uma situação em que ficou acuado, ou presenciou determinado acontecimento, ou mesmo está intrínseco em cada um.
O medo não é de todo ruim e ele possui várias facetas que pode auxiliar ou prejudicar.
Ele é patológico e doentio quando causa sofrimento, quando impede a pessoa de ser feliz e crescer, quando limita as atividades corriqueiras e impede que haja o desenvolvimento pleno de cada um.
Mas ele também é saudável, quando fala dos limites que nos cercam, quando nos alerta dos possíveis perigos, pois do contrário, a vida seria um risco constante.
As pessoas iam pular dos prédios sem receios, brincar com animais peçonhentos sem cautela, literalmente brincar com fogo e se queimar.
Então, o medo deve ser na medida certa, deve ser aquele alerta que freia os impulsos e nos faz conscientes daquilo que pode, e daquilo que é prejudicial.
É preciso estar atento as situações e buscar ter discernimento para trabalhar essa questão sem stress, com tranqüilidade e naturalidade.
O medo existe, faz parte da vida e olhar para ele de frente ajuda a enfrentá-lo melhor, faz o problema parecer pequeno e faz você se sentir mais feliz e sereno.