O preconceito nos acompanha desde a era primitiva e apresenta a falsa idéia de que alguém tem razão.

É como se o seu estilo de vida, aparência e crenças fosse o correto, e que todos deveriam ser assim.

É não aceitar o diferente, é idealizar um mundo onde tudo e todos devem entrar nos seus parâmetros.

É discriminar por raça, cultura, sexo, religião, enfim, tem preconceito para todo tipo.

É arrogância demais acreditar que o seu estilo de vida deve ser seguido, e o que pensa e acha da vida, é a verdade absoluta.

As disputas religiosas matam milhares de pessoas para defender o seu Deus, na doce ilusão de achar que o seu criador é mais abençoado que o outro.  

Os negros foram escravizados por terem a cor da pele diferente dos brancos.

E quem tem a cor certa?  

O preconceito consegue arrastar uma multidão enfurecida em prol da sua verdade, passando por cima da dignidade humana, esquecendo que as diferenças e diversidades, é que fazem esse planeta intrigante e fascinante.

Se tudo fosse similar, a monotonia ia tomar conta, as cores não seriam tão brilhantes, as melodias não iam tocar seu coração, os amores não seriam tão intensos.

A mesmice ia incomodar bem mais que as desigualdades, e o processo criativo seria limitado.

Existe uma linha tênue que separa o preconceito do respeito.

È interessante que preconize o respeito, e que faça uso dele com o intuito de evitar massacrar pessoas que fazem opção de vida, que não a suas.

Que nascem com características próprias e que nem por isso são consideradas feias ou bonitas.

Que estuda ou escolhem outro objetivo, mas nem por isso deixam de ser menos inteligentes.

Que nascem meninos ou meninas, mas seu espírito e mente não admitem o sexo proposto por Deus e lutam para se encaixar num corpo que não fala a sua língua.

Julgar é fácil e quando você viaja observando e recriminando quem passa pela sua vida, você esquece dos seus problemas e vagando pela sede de criticar, esquece que o tempo perdido é também irrecuperável,que tomar conta da sua vida é mais lucrativo e rentável.

A sua não aceitação do outro, não vai te acrescentar em nada, muito pelo contrário, vai pesar sua energia e te deixar indignada por situações que não te pertence.

Então, siga sua vida, deixe o outro ser.

A história é individual, cada ser que costure seus retalhos, que misture as cores, o tecido e os alinhave.

No final, vai estar tudo ali, cada pedacinho de retalho é uma parte da história.

As escolhas têm o poder de dar a moldura.

O resultado de cada trabalho é personalizado.

Não existe retalho igual, nem todo mundo precisa apreciar a sua obra de arte.

Respeite os artistas, ninguém precisa de aprovação, mas eles precisam de criar.

Que obra vai sair, só Deus sabe, o tempo dirá.